Quem é aquela garota?
Mais parece flutuar
Não toca no mesmo chão que piso
É tão suave quanto uma rosa
Mas traz um estranho riso
O que é aquela garota?
Teus olhos trazem tristeza
No fundo cenho ela é infeliz
E eu egoísta querendo me interessar
Mas sabia que era um fantasma
Que não conseguiu se apaixonar
E cumpre seu destino na terra
Destino esse que todos vamos encontrar
Está na Terra para fazer bater um coração
Para protagonizar uma paixão
E encontrar os braços que a contemplará
Escutei-a contar sobre sua vida mortal
Da Faculdade à Maternal
Numa decrescente que me deixara extasiado
Quanto um fantasma poderia viver?
Quanto ela teria sido feliz, amada, ardente
Antes de virar um mero corpo transparente
O que seria uma amizade de outro mundo
Virou um “feliz” vórtice obscuro
Foi um beijo e ela partiu
Acho que cumpriu o seu destino
Porém, parte da minha felicidade indagou:
“Se ela se foi
O que poderei chamar de amor?”
Percebi que eu era um fantasma visível
Pois vagava pelo amor que flutuou
E tinha me tornado transparente
Descrente para uma paixão mortal
Que viesse a me fazer flutuar
Para o mesmo lugar
Onde agora ela está
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