quinta-feira, 30 de junho de 2011 | By: Anderson Shon

Fantasma Invisível

Quem é aquela garota?

Mais parece flutuar

Não toca no mesmo chão que piso

É tão suave quanto uma rosa

Mas traz um estranho riso

O que é aquela garota?

Teus olhos trazem tristeza

No fundo cenho ela é infeliz

E eu egoísta querendo me interessar

Mas sabia que era um fantasma

Que não conseguiu se apaixonar

E cumpre seu destino na terra

Destino esse que todos vamos encontrar

Está na Terra para fazer bater um coração

Para protagonizar uma paixão

E encontrar os braços que a contemplará

Escutei-a contar sobre sua vida mortal

Da Faculdade à Maternal

Numa decrescente que me deixara extasiado

Quanto um fantasma poderia viver?

Quanto ela teria sido feliz, amada, ardente

Antes de virar um mero corpo transparente

O que seria uma amizade de outro mundo

Virou um “feliz” vórtice obscuro

Foi um beijo e ela partiu

Acho que cumpriu o seu destino

Porém, parte da minha felicidade indagou:

“Se ela se foi

O que poderei chamar de amor?”

Percebi que eu era um fantasma visível

Pois vagava pelo amor que flutuou

E tinha me tornado transparente

Descrente para uma paixão mortal

Que viesse a me fazer flutuar

Para o mesmo lugar

Onde agora ela está

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