Se eu levo a colher a boca
E levo a colher ao doce
O doce azeda?
Mas é assim, tão depressa?!
Que nem conselho de mãe
Que de bate pronto
Tem a resposta no ponto
Para qualquer indagação
E se a resposta for não
É por que tem algo na questão
Que envolve uma namorada
Ou vicio na televisão
Realmente azeda?
Mas se for de laranja
De banana ou de cereja?
E se tiver em cima da mesa
Que já posta para o almoço
Acompanhada da reclamação
“Coloca mais, tá pouco”
Que me faz sentir um garoto
Do tipo que todos querem ser
Será que azedo mesmo?
Se for com a ponta da colher
É que seu doce tá muito bom, mulher!
Igual ao seu amor e paciência
Que te faz a mãe excelência
E um exemplo para dar
Se toda mãe for igual
E só o endereço é que difere
É porque no meu coração
Tem uma placa de “reserve”
E a chave está na sua mão
Obrigado mãe!
E se encerra a interrogação
Eu vou trocar essa colher
E assim o doce azeda não