quinta-feira, 7 de julho de 2011 | By: Anderson Shon

Nós poderiamos ser tanta coisa

Um homem é um ser mutável

A mulher é um ser amável

E representante de cada

Que nós somos

Podemos deixar de lado

O vosso abandono

E nos deixar ser várias coisas

Nos deixar sentar a mesa

Com diversas facetas ao jantar

Escolher a melhor e conversar

Sobre os assuntos filosóficos

Que escolhem o lugar pernóstico

E nunca envolvem o dançar

Nós poderiamos ser tanta coisa

Qualquer uma delas convidar

O Dostoiévski, as cerejeiras

Ou os instrumentos que têm que lavar

Mas primeiro, chama o Camelo

E diz para ele

Manda a tal moça esperar

Nós queriamos ser tanta coisa

Nós poderiamos ser tanta coisa

Nós poderiamos ser a inteligência rara

A silhueta magra

Ou subir no habitat da gata

Mas dentre tantas coisas

Esqueci que poderíamos ser nada.