Um homem é um ser mutável
A mulher é um ser amável
E representante de cada
Que nós somos
Podemos deixar de lado
O vosso abandono
E nos deixar ser várias coisas
Nos deixar sentar a mesa
Com diversas facetas ao jantar
Escolher a melhor e conversar
Sobre os assuntos filosóficos
Que escolhem o lugar pernóstico
E nunca envolvem o dançar
Nós poderiamos ser tanta coisa
Qualquer uma delas convidar
O Dostoiévski, as cerejeiras
Ou os instrumentos que têm que lavar
Mas primeiro, chama o Camelo
E diz para ele
Manda a tal moça esperar
Nós queriamos ser tanta coisa
Nós poderiamos ser tanta coisa
Nós poderiamos ser a inteligência rara
A silhueta magra
Ou subir no habitat da gata
Mas dentre tantas coisas
Esqueci que poderíamos ser nada.