Se o dedo cair no centésimo, diz pra ele que ainda falta um.
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Cinco Crianças
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O Dia Em Que Eu Não Vivi
O homem mais rico do cemitério
O homem mais rico do cemitério
Enxerga a morte com os olhos
De quem não quer vê
Não conta a vida com mais
De uma mão
E assisti os momentos
Invejando as cores da TV
Conta piadas sobre o nada
E não extrai o riso
Pois então sustenta uma riqueza
Que não lhe faz rico
E se senta a beira da sorte
O homem mais rico do cemitério
Entende a morte
Como um herói mal
Que sai da sua nave
Com a espada e o manto
E salva um cachorro,
A velinha e o santo
E se senta a beira da sorte
Esperando uma mão
Com a benção do anjo que voa
Mas não tem solução
O homem mais rico do cemitério
Não viu o cometa atingir a terra
Sonho de Criança Part.1
Você está certo
Este lugar não é para mim
Não vivo de sonho
Não vivo de sono
Me deixe brincar
Eu já entendi que é o fim
Mas um passo à frente
E tudo pode acabar
Mas a minha carne é dura
Irei passar uma semana
Olhando-te com amargura
Pensando em como
Um coração de capitão
Não tem nenhuma compaixão
Com uma criança que só queria navegar
Para entender o porquê
Que tanta gente sai do mesmo lugar
Sonho de Criança Part.2
Toda imagem
Que sai da mente da criança
Que não se cansa
Sustenta uma esperança
Mas não entende o perigo
Vai projetando
O esquisito fogo amigo
Que vem de longe
E olha o mar sempre revoltado
Esquece a conversa, grita
Pula ao seu lado
Mas é só na cabeça da criança
Por favor Capitão,
Não se permita estragar essas dança
Eu Te Amo
Eu te amo
Eu te amo amo
Eu te amo amo amo
Eu te amo amo amo amo
Eu te amo amo amo amo amo
Eu te odeio odeio odeio odeio odeio
Eu te odeio odeio odeio odeio
Eu te odeio odeio odeio
Eu te odeio odeio
Eu te odeio
Eu te...
Santo, Santo
Todo santo é santo
Mas só é santo
Quem faz milagre
Todo milagre cura
Protege com uma armadura
Mas sem cobrir a estrutura
O alicerce feito pelo mal feito
Todo homem crê no milagre
Mas somente quando é tarde
E o jaleco já não tem o que dizer
Todo milagre nasce de um canto
Que põe fé no acalanto
E produz o desejo perdido
Pelo coração que não suporta o pranto
Todo homem canta
Seja o bom ou o velho
Solfejando notas com o sincero
Olhar que se esconde no canto
Mas se todo homem canta
E o milagre nasce deste mantra
Que por sua vez vem da fé no canto
Devo acreditar
Que todo que canta
É um homem santo
Sr Popo, deixa eu ficar mais um minuto
A diferença do mundo real
Para o mundo de sonho
É somente um sono
E a risada que o faz acordar
E justifica os sorrisos bem vindos
Do gato ao lado
Que faz da trapaça uma lambança
Alertada pela sirene da ambulância
Que traz para madrugada
Uma bomba de novas gargalhadas
Enquanto de casa
A vida real insiste em destruir a ilusão
Na figura da satisfação
Que não entende o bem estar que faz
O simples fato de estar em paz
Deixando a vida levar o rumo que quiser
Ficando deitado ou de pé
E fugindo da rotina que tens
Pois o que importa na festa
É quantas palmas soará no parabéns
Nós poderiamos ser tanta coisa
Um homem é um ser mutável
A mulher é um ser amável
E representante de cada
Que nós somos
Podemos deixar de lado
O vosso abandono
E nos deixar ser várias coisas
Nos deixar sentar a mesa
Com diversas facetas ao jantar
Escolher a melhor e conversar
Sobre os assuntos filosóficos
Que escolhem o lugar pernóstico
E nunca envolvem o dançar
Nós poderiamos ser tanta coisa
Qualquer uma delas convidar
O Dostoiévski, as cerejeiras
Ou os instrumentos que têm que lavar
Mas primeiro, chama o Camelo
E diz para ele
Manda a tal moça esperar
Nós queriamos ser tanta coisa
Nós poderiamos ser tanta coisa
Nós poderiamos ser a inteligência rara
A silhueta magra
Ou subir no habitat da gata
Mas dentre tantas coisas
Esqueci que poderíamos ser nada.
Um Doce de Mãe
Se eu levo a colher a boca
E levo a colher ao doce
O doce azeda?
Mas é assim, tão depressa?!
Que nem conselho de mãe
Que de bate pronto
Tem a resposta no ponto
Para qualquer indagação
E se a resposta for não
É por que tem algo na questão
Que envolve uma namorada
Ou vicio na televisão
Realmente azeda?
Mas se for de laranja
De banana ou de cereja?
E se tiver em cima da mesa
Que já posta para o almoço
Acompanhada da reclamação
“Coloca mais, tá pouco”
Que me faz sentir um garoto
Do tipo que todos querem ser
Será que azedo mesmo?
Se for com a ponta da colher
É que seu doce tá muito bom, mulher!
Igual ao seu amor e paciência
Que te faz a mãe excelência
E um exemplo para dar
Se toda mãe for igual
E só o endereço é que difere
É porque no meu coração
Tem uma placa de “reserve”
E a chave está na sua mão
Obrigado mãe!
E se encerra a interrogação
Eu vou trocar essa colher
E assim o doce azeda não
O Menino Lobo
Um lobo
Um lobo de novo
Um uivo no surdo
O moço
Um moço menino
Um riso traquina
Indica o menino
O menino lobo
Com o uivo insolente
Que mente pra mente
Sobre a genialidade do louco
Um louco
Um pouco louco
Um lobo louco
Um lobo menino louco