quarta-feira, 16 de maio de 2012 | By: Anderson Shon

Sotão do Inferno



O morno é o muro
Que não dá a cara
E nem desvia do murro
E não sabe em quem votar
Não na falsa democracia
Mas na democracia falsa
Que nos orgulhamos em brindar
Sem saber muito bem diferenciar
O julgamento da analise
A omissão e a simpatia
A alienação e a alegria
Se não podemos falar
Ao menos escutemos melhor
Já me contava minha vó
Que a falta de um sentido
Instiga algum outro
Mas estamos todos sem sentidos
Dando passos retos
Em um caminho torto
Dá para ser descente
Em uma época indecente, Harvey?
Eu já parei de tentar
Parei também de escutar
Pois, melhor do que ser o rei de um orelha
É ficar de longe pra ver a centelha

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