quarta-feira, 11 de abril de 2012 | By: Anderson Shon

Reflexão de mente

Se toda ciência exata
Fosse exata
Não seria ciência
E não seria estudada
Para que fosse comprovada
A sua exatidão falsa

Se toda valsa
Fosse valsa da morte
Não teríamos a sorte
De viver mais um pouco
Meio médico
Meio louco
Louco médico
Médico louco

Se toda loira burra
Só é burra porque alguém falou
Mas inteligente e esperto
Se o tal julgador
Que na mentira acreditou

Em toda casa há uma sala
Em toda sala um quadro
E nele está aprisionado o belo
Pois o que eu quero
Eu tranco
Para por em exposição


Talvez isso explique
As dadas mãos do casal que briga
Mas não se curvam
Ao temor da descrição
Que leva ao caminho da negação

Se todo homem tem uma amada
O primeiro beijo, a primeira gozada
Que faz o coração raciocinar
Perdendo a razão
E na frente do imaginário altar
O faz dizer sim
Quando o certo é o não

Se toda bebida embebeda
É porque a sociedade é chata
E confundi o evoluir com o crescer
Mas quando a sanidade bate à porta
Pode ser tarde para querer descer

Se todo texto são palavras
Embaralhe e crie a mágica
Que é vomitar no escrever
Só para tentar expulsar um problema
Que está à venda
Mas não encontra uma loja que ouse vender

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