O homem mais rico do cemitério
Enxerga a morte com os olhos
De quem não quer vê
Não conta a vida com mais
De uma mão
E assisti os momentos
Invejando as cores da TV
Conta piadas sobre o nada
E não extrai o riso
Pois então sustenta uma riqueza
Que não lhe faz rico
E se senta a beira da sorte
O homem mais rico do cemitério
Entende a morte
Como um herói mal
Que sai da sua nave
Com a espada e o manto
E salva um cachorro,
A velinha e o santo
E se senta a beira da sorte
Esperando uma mão
Com a benção do anjo que voa
Mas não tem solução
O homem mais rico do cemitério
Não viu o cometa atingir a terra